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O primeiro passo para a espiritualidade é a aceitação

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O primeiro passo para a espiritualidade é a aceitação

_j0a5448-a“Aceitação é o alicerce da espiritualidade.” Amma e Bhagavan
O primeiro passo para a espiritualidade é a aceitação.

Um dos tópicos que estou sempre trabalhando comigo e com meus alunos é a falta de aceitação ou resistência a alguma coisa, que são sinônimos de sofrimento, porque a mente tem essa mania de controle e apego a tudo, pois queremos que tudo seja feito do nosso jeito, de acordo com nossos programas e condicionamentos e quando isso foge ao nosso controle temos muita dificuldade em aceitar. Algumas pessoas têm dificuldade em aceitar seu corpo e condição física, outras seus status de condição social, outras sua infância e os acontecimentos do passado, outras seguem sem aceitar seus pontos fracos e algumas pessoas tem muita dificuldade em aceitar a vida tal como ela é e se apresenta, fazem muito esforço e resistem à mudança e esse conflito causa ainda mais sofrimento.

Por tudo isso, todos os dias eu gosto de meditar com o foco em minhas mãos; eu inspiro com as mãos fechadas e abro ao expirar. Para mim, isso representa o soltar, o abrir mão da resistência de tudo o que não estou aceitando. Essa meditação me ajuda a ficar e contemplar o presente.

As mãos estão ligadas ao coração e, para mim, são uma extensão dele. O coração é o nosso comandante e emite ondas para o nosso cérebro e essas frequências atraem situações para nossas vidas.

A vida é extremamente generosa e nos presenteia com situações nas quais podemos ver claramente o que não aceitamos, brigamos, resistimos e, portanto, sofremos.

Observo que o que temos em comum é o sofrimento causado pela tortura mental com muitos julgamentos, comparações, críticas e ficamos agarrados a isso causando uma exaustão e uma sensação de separação.

O fato é que a aceitação é uma qualidade nobre do coração, a liberdade da alma. Quando aceitamos as pessoas e as situações como elas se apresentam ocorre uma fluidez de energia. Aceitação é como um descanso, repouso, um relaxamento; os pensamentos e a mente ficam mais tranquilos. Quanto mais aceitamos e amamos, mais mergulhamos na paz e felicidade infinita do despertar. Por outro lado, quando resistimos ficamos nos debatendo tentando achar uma solução e, sem sucesso, tentando fazer as coisas do nosso jeito entrando num círculo vicioso e angustiante.

Segundo Amma e Bhagavan um dos passos para a espiritualidade é “Ficar com o que é, aceitando, acolhendo, amando é o primeiro e o último passo, portanto, é o alicerce da espiritualidade.”

“ Você não é capaz de aceitar o outro porque você não é capaz de aceitar a si mesmo .” Amma e Bhagavan

Amma e Bhagavan

Foto de Amma e Bhagavan

Quando passei um tempo em contemplação com essa frase confesso que chorei muito, pois eu tinha uma síndrome de perfeição e fazia um certo esforço para sustentar essa imagem. Era muito mais fácil apontar as falhas dos outros que ver as minhas. Foi aí que resolvi mergulhar nisso: o que eu não aceitava no outro era meu e eu era incapaz de aceitar em mim mesma. Então veio tudo; tudo mesmo e foi uma grande revelação.

O fato é que todos temos um lado luz e um lado sombra e é muito mais fácil aceitar o lado luz e tentar esconder nosso lado sombra. Mas, veja bem, apenas gostaríamos de esconder e até nos esforçamos para isso, porém, quando menos esperamos, o lado sombrio que é abominado por todos sobe ao palco e dá um show de horrores!!!

Quando não somos capazes de abraçar, acolher e amar cada parte, não importa qual seja, como vou ser capaz de aceitar o outro?

Quando aponto o dedo indicador para o outro acusando, atenção! Tem três dedos apontando para mim, tudo o que me incomoda no outro é de alguma forma meu e o outro só está evidenciando com seus comportamentos, expressões, hábitos e tudo o que você admira, ama, enaltece no outro de alguma maneira você também é possuidor dessas qualidades. Esse fenômeno acontece e pode ser observado nos relacionamentos mais próximos.

Tudo aquilo que não aceitamos em nós mesmos, aquilo que escondemos, que jogamos para baixo do tapete, volta para nos assombrar, pois emitimos ondas e irradiamos vibrações para o universo e o mesmo nos traz respostas em forma de situações repetitivas ou pessoas que nos mostram claramente quem somos.

O que fazer? Devemos olhar para tudo aquilo que nos incomoda tanto como: vícios, ciúmes, inveja, orgulho, teimosia, preguiça, pessoas lentas, pessoas que atravessam – quando estamos falando, atravessam o que?, para aquelas que querem sempre estar no centro das atenções etc. Observe o esforço em ser diferente do que se é e de achar que a vida do outro é melhor do que a nossa e tantas coisas mais.

É preciso apenas olhar, ver, acolher, aceitar e nos amar exatamente como somos; assim, dia após dia, os nossos relacionamentos se transformarão e o seu olhar para o outro será mais generoso. Esta compaixão, então, transborda se estendendo a tudo e todos, pois sabemos o que não aceitamos nos outros é apenas um reflexo de nós mesmos… Um espelho.

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GratidãOM

Diana Prem Zeenat

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Diana Prem Zeenat

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