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Mindfulness: o que é, o que não é e o que a ciência diz

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Mindfulness: o que é, o que não é e o que a ciência diz

O conceito de mindfulness muitas vezes pode ser confuso ou ambíguo para muitas pessoas. Mas entender o que é mindfulness – ou atenção plena, como pode ser chamado em português – e exercitar essa prática pode melhorar e muito a sua qualidade de vida.

A palavra em inglês é a união de dois termos: mind, que significa mente; e fulness, derivado de full, cheio, completo. Ou seja, é a presença total da mente naquilo que estamos fazendo. A tradução em português vem daí: atenção plena, no que estamos fazendo, no espaço que estamos percorrendo, nas sensações que estão nos passando.

Essa habilidade pode parecer banal e desimportante, mas a capacidade de se estar presente nos momentos é bastante subestimada e muito valiosa. Inclusive, na maior parte do tempo, nós não estamos de fato dando atenção à nossa experiência do mundo. Muitas vezes estamos realizando uma tarefa, mas pensando nos afazeres futuros, ou em problemas passados; e para piorar, com a presença quase total dos celulares e redes sociais em nossas vidas, é comum executar uma tarefa enquanto se mexe no celular.

A prática do mindfulness é, portanto, o exercício de se concentrar no momento presente, mantendo uma constante consciência do agora – nossos sentimentos, emoções, desconfortos, ambiente. Mais do que isso, é o exercício de prestar atenção, porém não julgar os acontecimentos; aceitá-los e abraçá-los sem realizar julgamentos.

Quem inventou a atenção plena?

Práticas análogas ao mindfulness podem ser encontradas em quase todas as culturas do mundo, mas a concepção mais sólida que chegou ao ocidente foi a prática de mindfulness advinda do budismo. A prática existe a milhares de anos, mas atualmente é atribuído a Jon Kabat-Zinn a grande atenção que atualmente é dada ao mindfulness no mundo ocidental. Ele repaginou as práticas de meditação do budismo, tirando a conotação espiritual que elas tinham originalmente, e adaptando para um público secular.

Kabat-Zinn desenvolveu uma técnica de redução de estresse baseada no mindfulness, e, a partir daí, houve um grande crescimento na quantidade e seriedade das pesquisas que se debruçaram sobre a prática da atenção plena, suas qualidades e o impacto que ela pode ter na vida do praticante.

Meditação ou mindfulness?

Existe uma confusão comum que ocorre entre meditação e mindfulness. Apesar de intimamente relacionados, esses dois termos não podem ser usados de maneira equivalente. Uma boa maneira de enxergar a diferença é pensar em meditação como a ideia de esporte. Dentro do conceito de esporte, existem várias modalidades: corrida, natação, tênis, vôlei… Todos eles são esportes. Da mesma maneira, existem vários tipos de meditação, como meditação Zen, com mantras, formas de yoga… e mindfulness.

Porém, existe mais um grau de complexidade nessa divisão: existem outras maneiras de praticar mindfulness que não são necessariamente meditativas. Fora da prática mais clássica de sentar em um lugar calmo, fechar os olhos e meditar de maneira a focar na atenção plena, é possível praticar o mindfulness no dia-a-dia, de diferentes maneiras.

Como o nome sugere, a prática de atenção plena é basicamente isso: se atentar profundamente a qualquer atividade que se está realizando.

É uma atitude que pode ser treinada em vários momentos, e também com exercícios específicos. Seja escovando os dentes, comendo uma refeição ou tomando banho, é possível desenvolver o mindfulness ao realizar qualquer tarefa prestando atenção em todas as sensações que aquela tarefa te proporciona: as texturas, os cheiros, as sensações que aquela atividade te proporciona.

O que a ciência fala sobre mindfulness?

Atualmente, existe um corpo de pesquisa substancial sobre práticas de atenção plena. Apesar de ainda faltar investimento para realizar pesquisas randomizadas com um alto número de participantes, muito já se sabe sobre os benefícios ou potenciais consequências benéficas da prática de mindfulness.

Por exemplo, pesquisas já demonstraram que a meditação com prática de atenção plena ajuda a reduzir a rigidez cognitiva – ou seja, ajuda que as pessoas pensem em novas soluções para problemas. Além disso, ela pode melhorar o humor e também reduzir fatiga e ansiedade.

Em pacientes com transtornos de saúde mental, a prática do mindfulness também pode ser extremamente benéfica. Em testes com poucos participantes, terapia cognitiva baseada em métodos de atenção plena ajudou a reduzir sintomas de pacientes com transtorno bipolar. Além disso, em outro estudo, essa prática foi pelo menos tão efetiva para prevenir o risco de recaída de depressão quanto medicação antidepressiva. Pacientes com transtorno de hiperatividade e déficit de atenção também reportaram melhora nos sintomas após a prática da mindfulness.

Alguns outros estudos fizeram descobertas interessantes. Por exemplo, um estudo sugere que a compaixão pode ser cultivada por treino, e que a prática da atenção plena pode aumentar a capacidade de empatia. Além disso, existem descobertas que apontam que a prática de mindfulness pode apaziguar as consequências negativas de interações sociais negativas como por exemplo brigas entre casais – e também melhorar os índices de qualidade nas interações entre pais e filhos.

 Rápida, fácil, eficaz

De maneira geral, é positivo afirmar com bastante certeza que a prática de atenção plena melhora a qualidade em diversos sentido. Além disso, é um exercício acessível que pode ser realizado de diversas maneiras: como meditação e também inserida em vários momentos da rotina diária.

Separando apenas alguns minutos do seu dia para praticar a atenção plena, portanto, é possível colher diversos benefícios e sentir um impacto real e tangível na sua vida.

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