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Reflexão: Por que desistimos?

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Reflexão: Por que desistimos?

A Diana Prem Zeenat nos trás uma reflexão sobre o porque desistimos?

Desistir é um processo de sentir-se despreparado para certos desafios. Devido ao ritmo acelerado das informações, tudo parece ficar muito grande, pesado e denso; é como se não tivéssemos capacidade de digerir as situações do dia a dia, a pressão do trabalho, família, sociedade e tudo o que faz parte dela. Nos sentimos impotentes em relação ao tempo e espaço, sentimos medo e a confusão se instala em nosso íntimo. Passamos a olhar para o mundo e temos a sensação de que somos pequenos e frágeis.

Existem pessoas que quando se deparam com algo que será mais trabalhoso, que demande mais tempo e energia para ser realizado, seja um projeto, a leitura de um livro, um curso, uma atividade física ou, até mesmo, se livrar de um hábito/vício que lhe faça mal, desistem sem ao menos começar.

Outras começam empolgadíssimas, muito animadas e depois de um tempo não conseguem lidar com os obstáculos que surgem no caminho e logo perdem o interesse, se desencantam, adiam e ficam simulando desculpas para a sua procrastinação. Então, começam a falar mal do projeto ou qualquer coisa que estejam realizando. Há pessoas que desistiram até da própria vida!

E você?

Será que você é do tipo de pessoa que sempre desiste de tudo? É comum você desistir em diversas áreas da sua vida? Essas são perguntas que temos de fazer e devemos responder.
O fato é que somos especialistas em mentir para nós mesmos e tentar de todas as formas justificar as nossas desistências. Então porque desistimos?

Mas devemos nos atentar ao fato de que não existe projeto, trabalho, curso ou pessoas perfeitas, portanto, nada é perfeito. Na verdade, o que precisamos é fazer um questionamento:

  • O que posso aprender com isso?
  • O que esse curso tem de bom para me oferecer?
  • O que isso pode fazer de bom para a sociedade e para a organização?

Se você mente para si mesmo é porque não vê que na realidade desiste de tudo aquilo que lhe causa medo do fracasso ou de não dar conta do sucesso, se sente pressionado e paralisa, embora inconscientemente todo mundo deseje se sentir um vencedor.

Todavia, se não for esse o seu caso, abstraia essas informações, pois a carapuça não servirá para você, no entanto, pode haver muitas pessoas a sua volta que tem esse tipo de comportamento e se você se incomoda com elas é porque tem algo dentro de você que é desistente também, pois o outro nada mais é que o seu espelho.

Talvez você pode não ser o melhor no seu segmento ou não fazer algo exatamente como havia planejado. Você precisa saber que talvez você não seja o melhor aluno com as melhores notas e melhores resultados. Talvez as coisas não sejam da forma que você tinha pensado, mas o mais importante é que você foi até o final deve se sentir orgulhoso (a) por isso.
Como você pode ser exemplo para seu filho e dizer para ele “filho você tem que ir até o fim daquilo que começa” se você não faz isso?Por que desistimos?

Você precisa entender que completar um projeto e curso não será exatamente perfeito como você gostaria que fosse, os momentos ruins são inevitáveis, mas é importante resistir para chegar até o final.
A maioria das pessoas quer e vive correndo atrás do perfeito, do extraordinário e isso nunca vem, porque o perfeito não existe.

O que estou falando é faça o comum “melhor feito que perfeito” não estou dizendo para não priorizar o melhor e a qualidade, estou falando que existe um processo de início meio e fim e que você deve dar o seu melhor sempre que for possível, e o fim é quando termina. E você é que vai definir quando termina.

Agora que você aprendeu que nada é perfeito, o que importa mesmo é ir até o final e orgulhar-se desse processo e mesmo que tenha sido turbulento, ele teve início, meio e fim, e saber ainda, que do seu jeito, você fez o melhor que podia.

Alguns motivos que podem fazer desistir:

  1. Quando começa ficar difícil;
  2. Falta de comprometimento;
  3. Falta de garra e determinação;
  4. Preguiça, falta de energia;
  5.  Excesso de responsabilidades;
  6. Incapacidade de dizer não e priorizar;
  7. Quando você tem que dar a cara para bater;
  8. Quando você tem que se expor;
  9. Quando uma atividade vai exigir mais competências, habilidades ou controle emocional e maturidade;
  10. Quando você fica com todos os medos de não dar certo ou dar certo e não dar conta.

Olhe agora para sua vida e responda: O que você fez até o final? Como você se sentiu? Orgulhoso, vitorioso, com o dever cumprido?

E agora olhe para todas as coisas que você não fez até o final. Qual a sensação? Fracasso? A desculpa de que foi melhor assim, não era para mim mesmo, já era o suficiente para mim e etc.?

Se você tem esse comportamento de não completar aquilo que começa, primeiro você tem de perceber isso e, depois, decidir se quer quebrar esse padrão.
Agora, se tomar a decisão de realmente quebrar o padrão devo alertá-lo que esse processo é muito desafiador e você se sentirá tentado a desistir porque vai ter de se empenhar muito, atravessar a dor, ser persistente e ficar atento ao jogo das forças contrárias que sempre o fazem não seguir em frente. Diz a lenda, que é uma força contraria que quer puxar você para onde você está, para zona de conforto, para o velho e conhecido “confortável”.
Esse padrão pode ser tão antigo e repetido tantas vezes que acaba sendo imperceptível para você. Pode estar escondido nas profundezas do inconsciente, desde o seu nascimento, da forma como você nasceu, as suas primeiras impressões aqui nesse planeta, nessa vida. Fique atento porque esta percepção pode ser uma oportunidade de você corrigir esse padrão e ninguém mais pode fazê-lo em seu lugar.

Dor

Ao fazer as coisas que precisam ser feitas é importante saber que seu cérebro passará por uma expansão e quando você está prestes a finalizar e conquistar algo que pode te levar a um grande crescimento, você passa por uma dor/stress, apreensão, exaustão e é necessário sentir tudo isso, faz parte do valor da conquista. Infelizmente, o que acontece nesses momentos é que a maioria das pessoas não quer passar por nada disso e então elas empurram para longe, porque é mais fácil não ter contato com a causa do sofrimento. Observe um maratonista quando está perto de finalizar a prova, a dor vem com tudo, o cansaço a exaustão e também muitas substâncias bioquímicas estão se movendo no corpo.

Isso também acontece quando você está na iminência de cumprir uma jornada de transformação, a dor vem, a resistência, o cansaço, a exaustão e aquela sensação de que não vai conseguir. Nesse exato momento é preciso fazer uma escolha:

1º sentir a dor, recuar, desistir e colapsar.
2º resistir, sentir a dor e seguir em frente;” chora mas anda”!!!

Você deve estar pensando: como assim? É desta forma que o universo planejou o nascimento de algo novo? Mas é isso mesmo! Como nos exercícios físicos, a dor vem antes do resultado e da satisfação.calma!

Não estou pedindo nada, só estou sugerindo que preste mais atenção em sua vida, suas atitudes e escolhas. Veja se você começou um monte de projetos e estão todos na gaveta.” mais male uma ideia medíocre executada, que uma brilhante ideia na gaveta”. Veja quantas vezes tentou eliminar um vício/hábito nocivo e acabou por voltar a trás e agarrar-se ele. Veja quantas vezes se determinou a prática, yoga, meditação,exercícios físicos, mudar hábitos alimentares, finalizar um curso e finalizar um curso etc.

A dica é: Mude! Mude o que precisa ser mudado e dedique-se ao máximo.

Dicas para nos mantermos firmes na jornada que está nos chamando agora:

  1. Defina os objetivos e propósitos;
  2. Defina o tempo do começo meio e fim;
  3. Saiba que você está no ponto A e tem um caminho para chegar no ponto B, e esse caminho pode ser turbulento;
  4. Defina o resultado que você pretende obter;
  5. Quando você estiver no processo, na jornada do ponto A para o ponto B saiba que a dor vai te visitar e o que você precisa fazer é acolher a dor e passar por ela;
  6. Focar em dar o seu melhor hoje, agora, e saber que seu melhor de ontem não é seu melhor hoje;
  7. Ficar bem com o resultado que conseguir;
  8. Parar de focar no lado negativo e foque no positivo.
  9. Temos mil motivos para desistir de tudo, mas é preciso acessar nossas forças e motivações interiores para continuar – Valores (amor, saúde, espiritualidade, família, prosperidade, reconhecimento, contribuição) se não fizermos isso, desistiremos de nossos sonhos, objetivos e propósitos;
  10. Seja pró ativo, tudo tem que ser iniciado e mantido por você. Por isso que a proatividade e ter um propósito definido e estruturado é muito importante. Essas são as ferramentas mais importantes na jornada.

Dicas adicionais – “Os problemas significativos com os quais nos deparamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando eles foram criados”. Albert Einstein

– “Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre”. Albert Einstein

– Cada um de nós tem uma forma muito particular de observar o mundo. Portanto é de minha responsabilidade a lente que eu utilizo para ver, perceber, sentir e interpretar tudo o que acontece…

Diana Prem Zeenat

Foto de Diana Prem Zeenat

Hari om
Diana Prem Zeenat

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